Algumas reflexões sobre educação e tecnologia
Olha
que legal, recebemos uma pasta (com vários arquivos) cheia de conteúdos sobre: “educação
e tecnologia”, enviada pelo professor Luiz Fernando que com muito atenção tem
compartilhado conosco suas leituras e reflexões sobre o tema, nos dando dicas
preciosas que nos permitem refletir sobre o desafio da educação no século XXI que
é atrelar à educação ao ensino com as novas tecnologias. Isso nos permite percebermos
a importância de aderir à transformação digital e trazer para sala de aula
métodos aliados a vivência dos nossos alunos.
Primeiro
queremos ressaltar aqui que integrar a tecnologia à educação vai além do
simples uso das ferramentas digitais, uma vez que se a escola coloca a
tecnologia a frente dos alunos, não fará muita diferença, visto que é importante
reconhecermos que as ferramentas digitais devem proporcionar aos alunos melhor
acesso a métodos diferentes de ensino, acessibilidades a recursos que podem
facilitar sua aprendizagem, maior interatividade com os colegas e professores, bem
como a autonomia dos docentes. Podemos ratificar, o anteriormente falado, com
um trecho do artigo: Educação e comunicação do professor Moacir Gadotti que diz:
“A educação por uma pedagogia da comunicação deve ser desmistificada
pela escola e não substituir a escola, portanto fazer parte também do
curriculum escolar. A escola deve explorar mais os meios como: o rádio,
televisão, o vídeo, a internet; não como acessórios, mas como instrumentos
indispensáveis de trabalho. [...]a escola deve ir além. A partir de uma
perspectiva dialética, deve denunciar
sim, mas também anunciar o
uso dos meios como metodologia participativa na construção de conhecimentos,
como resposta social à presença massiva da mídia em nossas vidas, como garantia
da visibilidade da cultura popular e como garantia de vez e voz aos grupos que
não têm acesso à produção industrial da cultura.
Ademais,
dos arquivos lidos o que mais chamou nossa atenção foi o que tratava da
utilização do podcast como recurso pedagógico. Gostamos da ideia de que o
podcast pode ser usado em sala de aula para trabalhar competências e
habilidades relacionadas a criatividade, oralidade, comunicação e colaboração
(trabalhos coletivos) com os alunos e, nesse sentido, engajá-los em atividades
desafiadoras e enriquecedoras para sua aprendizagem, dando-lhe voz e autonomia.
Sem dúvidas, será uma das atividades que pretendemos desenvolver em nossa sala de
aula com os alunos.
Com
relação ao artigo que trata das máximas do professor: como dizia o barão de Itararé
e das mínimas da professora Zezé, queremos destacar algumas das frases que nos chamaram
mais atenção, seja pelo seu tom crítico ou seja pelo seu tom engraçado, mas que
nos fazem perceber que muitas das reflexões, ali destacadas, são exatamente as
que fazemos vez ou outra. Lá vão...
“
O que meu aluno estará fazendo enquanto assiste um vídeo ou uma live?”
“Ensinar
exige criatividade, aprender exige mais ainda”
“Na
educação o menos é mais, enfeites e embelezamentos artificiais não escode a
feiura.”
“É
preciso ter dúvidas, só os estúpidos têm uma confiança absoluta em si mesmo.”
Na
continuação das máximas e das mínimas do professor e da professora Zezé, me
atrevi a criar as nossas também.
Quem espera sempre alcança, então posso
esperar sentada pra não cansar?
Faça o que te pedem, só não peça
nada que não consegue ou nunca tentou fazer!
A vida pede pressa. A professora
entra na sala e dez minutos depois o aluno pergunta: quanta falta pra o
intervalo?
Se não deu certo o planejamento,
rebola no lixo e tenta depois!
Também
foi bastante proveitoso ler os arquivos das dicas sobre elaboração de materiais
didáticos digitais e planejamento e elaboração para aulas não presenciais
(ensino remoto) que tem sido um desafio nesses últimos tempos, principalmente por
conta do retorno de alguns alunos às salas de aula em forma de rodízio, uma vez
que as aulas passaram a ser “hibridas”, ou seja, temos alunos em sala e online em
um mesmo momento.
Esse
novo formato de aula, nos causa estranhamento e, como não deixaria de ser,
muitas dúvidas a serem respondidas a partir de novas reflexões, que certamente
faremos, a exemplo de: Como conciliar essas duas formas diferentes de aprender
e ensinar? Como dar conta dos dois grupos de alunos, sendo que os dois exigem
do professor habilidades diferente e que, em teoria, deveriam ser aplicadas ao
mesmo tempo (aula síncrona)? E que tipo de nomenclatura é essa que as escolas
vêm adotando para dizer aos pais que estão oferecendo o ensino híbrido e
presencial? É necessário estabelecer definições para esses dois termos (ensino híbrido
e presencial)? E que metodologia de trabalho pedagógico usar que atendam aos
dois grupos de alunos, tanto os online quanto os presenciais? O professor dará conta de tanto trabalho?
Ufa!!
São tantas dúvidas que, com certeza, serão respondidas à medida que formos
lendo, dialogando, vivenciado e experimentando as demandas do atual contexto de
ensino aprendizagem.